Com vazão media de 200 mil metros cúbicos por segundo, ou seja, 200 milhões de litros de água por segundo, O Amazonas é de longe, o rio com maior fluxo de água por vazão, o que faz desse gigante o maior rio do mundo, tanto em extensão territorial quanto em volume de água O Projeto defendido pelo Veterinário Geo Caldas, prevê a captação de uma pequena porcentagem da vazão média, algo em torno de 0,5% das águas, o equivalente a 1.045m3/.
O projeto que já foi defendido na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste — SUDENE, foi também debatido em audiência pública na Assembléia Legislativa de Pernambuco, além de várias reuniões setoriais em Brasília, tem orçamento preliminar previsto na ordem de 30 bilhões de reais. Para Geo Caldas, a transposição das águas da bacia hidrográfica do Rio Amazonas, pode ser a redenção do semiárido nordestino: “nosso objetivo é levar água bruta para consumo humano e animal, além de criar vários perímetros irrigados para agricultura familiar, com foco também no agronegócio, até porque, 30 milhões de hectares serão beneficiados”, afirma o alagoano, hoje erradicado no agreste pernambucano, mais precisamente na cidade de Vertentes.

A captação ocorrerá na cidade paraense de Abaetetuba, na conhecida Baía do Capim, o percurso até o nordeste, tem cerca de 1.696 km, as águas da bacia hidrográfica do Rio Amazonas, serão transportadas através de tubulações e aquedutos, o traçado por sua vez, demonstra ser extremamente viável, sua logística consiste em margear várias rodovias estaduais e federais, o estudo comprova ainda que, 80% desse volume será transferindo por gravidade.
“O Ministro das Águas” afirma que cerca de 40 rios nordestinos serão beneficiados, dentre os quais podemos citar: Pajeú, Capibaribe, Paraíba, Vaza-Barris, Curimataú, Seridó, Piranhas, Piauí, Jaguaribe, Itapecuru e Longá. Outro alerta feito pelo idealizador do movimento, está na possibilidade da implantação de várias usinas hidrelétricas de tamanho e potência relativamente reduzidos, as chamadas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétrica), cujo conjunto ao longo da transposição tem potencial para cerca de 5GWATS na geração de energia.
Ao final, Geo Caldas conclama o engajamento de toda a sociedade nordestina no movimento: “somos filhos da seca, precisamos vencer esse desafio, pois conviver com a seca é conviver com a miséria”, e com otimismo que lhe peculiar, o idealista alagoano finalizou: “Vamos produzir commodities como: milho, soja e algodão, sem esquece a fruticultura e a pecuária, se o Brasil vai ser o celeiro do mundo, o Nordeste será a cesta de pão do Brasil”.
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